Em um mergulho profundo no nosso ser, é necessário assumir uma verdade fundamental: amar a si. Cada um de nós deve encarar a jornada de adotar o compromisso supremo de se querer bem, de se valorizar e se respeitar em todos os aspectos da vida.
Instigar, ensinar ou elucidar não é apenas transmitir conhecimento ou fazer com que alguém compreenda algo. É ir além, é despertar a consciência do outro para que ele próprio possa refletir e descobrir as respostas, é guiar alguém no caminho da autodescoberta, encorajando-o a pesar e julgar-se por si.
Auxiliar não significa resolver todos os problemas de todos. É oferecer suporte, dar apoio e orientação, porém, respeitando a individualidade e o livre arbítrio de cada pessoa, é estar presente de forma simples, mas, permitindo que o outro assuma a responsabilidade por suas próprias opções e disposições, do mesmo modo, ajudar não implica em curar totalmente.
Não podemos carregar o fardo da cura absoluta, pois cada indivíduo é único e possui a sua própria marcha de autocura.
A ajuda apropriada está em oferecer um apoio amoroso e indulgente ao outro, acompanhando-o no seu percurso de enfrentar e superar os desafios, que surgem em seu caminho.
A verdadeira cura e revolução dos problemas, começam pelos princípios nutridos dentro de nós.
É na intimidade do nosso ser que brota, cresce e floresce a força influente que nos leva ao bem-estar e à sabedoria, para a resolução de questões que pode se fazer num momento em algo difícil.
É cultivando uma conexão intensa conosco mesmos, que encontramos a força interior e a clareza necessária para encarar e transformar os desafios que aparecem na nossa trajetória.
Que possamos, assim, abraçar o compromisso de nos amarmos e nos valorizarmos, de instigar o autoquestionamento, de auxiliar sem sobrepor, de ajudar sem querer resolver tudo, e, de buscar a cura e a revolução dos problemas a partir do cultivo de nossos princípios mais profundos de dignidade, ética e princípios, acessíveis à própria sensibilidade de empatia.
Que a nossa intimidade seja o solo fértil onde florescem, tão lúcido, poder pessoal.
Edson Rosa.
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