A todos os amigos que se fizerem afins, a este tipo de informação!
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Pergunta: Poderia falar um pouco sobre egoísmo e amor-próprio?
Resposta: O egoísmo é a mortalha da alma, cala o som melodioso dos sentimentos sublimes, dando apenas vazão ao ruído agudo das indiferenças e desleixes.
É o egoísmo sentido, nublado, acanhado de sorriso amarelo em tom ocre.
O egoísta estadia na amargura do desventurado, que analisa seu íntimo como pertences sentimentais, como algo indomável, desbravador, incalculável e não menos superado por qualquer outro que possa sentir ao seu meio de vida.
É a desventura da criatura desprovida do bom senso comum, ante a reciprocidade com o viver em paz com sua persona; deveria ele parar de brigar com a personalidade que anima, com a dúvida e desconfiança.
Sentir-se egóico, é não menos melancólico da agonia petrificada, pelo medo da noite fria e do dia assombreado, por nuvens pesadas, alimentadas pelos pensamentos e sentimentos tempestuosos, dos que se sentem gélidos no dar sentido as suas próprias vidas.
Eis o agudo martírio íntimo do infeliz, que se mantém agonizante no infortuno do fortalecer do egoísmo dentro de si.
Já, o amor-próprio, desprovido da mentira ilusória do concernir o fanatismo do melhor a disputar lá fora.
Ele, o amor íntimo seguro, é maduro e saliente por natureza, não carece premiar o alheio por amostras desnecessárias, tendo nele a serenidade plena, apenas é o emanar gratuito, ao ponto de quem ama a si mesmo se ter despercebido do fato decorrente, porque já se faz vertente da mais límpida permanência do divino estado de graça.
Latente no ser humano que se difere naturalmente, tendo-se eflúvio vivente.
Não se nota, nem se mostra.
O amor-próprio legítimo em essência é cru e nu, desprovido de anúncio, mas é conduzido ao pairar da brandura e sutilidade, na graciosidade do bem-querer, na vivência permanente da alegria íntima e felicidade recíproca entre todos os outros seres viventes.
Espírito: Bernardo
05/06/2014....23:20
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