domingo, 16 de março de 2025

 O que adianta?


O que adianta crer num Deus que tudo resolve se a própria intimidade vive à margem da inconsciência? Falta ali a luz da lucidez e o farol do bom senso sensibilizado, apaziguado pelo serenar de um coração sensível e generoso. Pois de nada vale o amparo divino se, dentro de si, reina o descompasso entre a fé professada e materializada e a essência ignorada e enclausurada no autoabandono. O que adianta praticar a caridade para fora, como se fosse “um ato de justiça social,” ajudando, acolhendo, amparando e até transformando vidas, por atos e feitos de solidariedade, se na própria intimidade falta lhe lealdade da calma, a pureza da paciência e a grande forja ressignificava do silêncio? Há quem faça o bem pelo impulso da aprovação, pela fome de pertencimento, mas que, no mais íntimo, é incapaz de se oferecer um olhar tranquilamente brando e uma escuta presentemente sincera; porque a caridade que não começa dentro é somente um verniz de má qualidade sobre um vaso tosco e opaco.

O que adianta falar de amor, se por si mesmo não se nutre desse sentir e sentido sublime que ressignifica e transforma? É fácil enaltecer o amor como uma bandeira, defendê-lo em discursos e exibi-lo em gestos mecanicamente calculados, mas difícil é sustentá-lo na profundidade da própria alma, em estado sóbrio, sereno e sã, pois amar não é apenas um ato, mas uma condição civilizada de ser.

O que adianta lutar por algumas verdades e realidades para fora, somente se vangloriar ou se destacar por fora, se, por dentro, ao suspiro de alívio, se vê aprisionado na solidão e na constância de um vazio existencial? Porque há aqueles que se perdem na busca incessante por mudar o mundo, mas negligenciam o próprio lar interior, deixando-o em ruína; sendo assim, o eco da própria ausência grita dentro de si, ainda que, para os outros, pareça forte, poderoso.

O que adianta saber de tudo, compreender e entender o que está logo à frente, se, por dentro, falta aquilo que torna alguém mais do que um ser fisiológico? Assim como a verdadeira civilidade não se mede somente pelo conhecimento acumulado, mas pela capacidade de sentir, refletir e se modificar.

Ser humano é muito mais do que existir, é permitir-se ser tocado pelo que transcende a mera materialidade.

O que adianta tanto sacrifício carreado de ansiedade e carências para se manter, pertencer, ir frequentar e estar, se, na essência, o que menos se é… é ser lucido pela própria paz; por este comportamento presenciamos um descompasso inquietante, entre a necessidade de validação externa e a miséria interna de autenticidade.

Vale salientar que respeito o direito de alguém ter uma opinião, mas isso não significa respeitar necessariamente a opinião em si. Respeito não é concordância automática, o respeito verdadeiro se ancora na escuta, na consideração, mas jamais na submissão cega ao que não ressoa com a verdade sensata, ética integra e de um caráter forjado por retidão, deste modo, respeitar alguém não significa validar tudo o que ele pensa, mas reconhecer sua existência sem abdicar da ajuizada honestidade.

Edson Rosa 🌹

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terça-feira, 4 de fevereiro de 2025


 A mais poderosa ferramenta de transformação ao longo do tempo é a sabedoria em aliar paciência com atitude sóbria, permitindo que cada ação seja guiada por lúcido propósito e discernimento lógico, do mesmo modo, a calma, quando temperada pela resiliência, se torna uma fortaleza, capaz de suportar as tempestades mais severas sem perder a disciplina e a direção.Já o silêncio, quando nasce do amor-próprio, não é vazio, mas pleno de significados relevantes, transmitindo aquilo que as palavras, mesmo que bem versadas, não alcançam.


Todavia, é no equilíbrio dessas virtudes que encontramos o poder de moldar nosso destino, enfrentando desafios com honestidade, integridade, serenidade e perseverança; porque a verdadeira mudança não é apenas o que transformamos ao nosso redor, mas o que cultivamos dentro de nós ao longo da jornada.

Edson Rosa. 🌹

 Pega a visão.


O pente fino da intimidade.

Há algo de extraordinário na coragem de vasculhar os recantos mais secretos da própria alma, como quem passa um pente fino na intimidade, essa é uma marcha que poucos se dispõem a encarar, pois exige mais do que vontade: demanda disciplina, dedicação honestidade, lucidez, e, acima de tudo, amor-próprio. Examinar as emaranhadas nuances da nossa essência é desfiar memórias, crenças e medos, enfrentando sem filtros os espelhos embaçados, opacos e trincados que guardamos dentro de nós.

O ato de se desnudar diante de si é, ao mesmo tempo, um gesto de redenção e um convite à transformação, é distinguir que, entre as arestas de nossas falhas e as dobras de nossos acertos, existe uma verdade que pulsa, ansiosa por ser desbravada. No entanto, isso requer uma calma e paciência imensa, quase artesanal, para desamarrar os emaranhados e soltar as correntes que nos prendem a versões menores de nós mesmos.

Não é um trabalho rápido, nem indolor.

O pente fino da intimidade nos desafia a afrontar as pequenas traições que cometemos contra nossos valores qualitativos, os sentimentos negligenciados que empurramos para os cantos, e os desejos abafados pelo medo do julgamento; eis o aprimoramento e a reedificação, por onde encontramos a grandeza de quem realmente somos, ao retirarmos, fio por fio, dos entrelaçados de autossabotagem e as camadas de máscaras que vestimos.

Ao passarmos esse pente fino, não emergimos perfeitos, mas íntegros, leves, autênticos, e essa inteireza nos convida a viver com mais profundidade, pois só quem se conhece com tamanha intimidade pode amar e viver com verdade.

Edson Rosa.🌹 



 Reconhecer e valorizar aqueles que nos desafiam a crescer é um exercício de maturidade e autopercepção. As críticas construtivas, por mais que nos soem como um espelho opaco e incomodativo, são frequentemente um ato de amor, respeito e carinho disfarçados, elas emanam da coragem de quem enxerga em nós um potencial maior e se recusa a aceitar que nos acomodemos no conforto da mediocridade; essas pessoas, movidas pela gentileza e sinceridade e pelo cuidado, ousam tocar nossas feridas, não para feri-las, mas para expô-las à luz da cura e da transformação pelo nosso próprio despertamento e esforço.


Por outro lado, há aqueles cujo silêncio ou palavras doces escondem uma indiferença, ou até mesmo uma intenção maliciosa. Eles elogiam nossas falhas não por desconhecimento, mas para nos manter presos em um ciclo de autossabotagem, alimentando suas agendas ocultas ou simplesmente observando à distância nossa frágil e volúvel personalidade.

Esta situação ecoa como uma conivência cruel, ressonando no aplauso vazio que repercute nos becos da ruína, propagadas pela difamação, injuria e fofocas.

Se faz urgente a maturidade de compreender que, em muitos casos, o verdadeiro apoio não está em quem nos consola e conforta cegamente, mas em quem nos confronta com a realidade e a verdade. A transformação, muitas vezes, nasce do desconforto, e assim, para crescer, é necessário encarar a dor como parte do processo de aprimoramento pessoal, sendo assim, reconhecer o valor qualitativo de alguém que nos aponta o caminho certo, mesmo que com palavras duras, é um sinal de grandeza de espírito; esses desafios moldam não apenas nosso caráter ético, mas também nossa capacidade de discernir entre o genuíno e ajuizado, e, o ilusório e alienado.

Edson Rosa.

 

Na complexa organização da sociedade humana, os princípios atuam como bússolas que guiam nossas ações e decisões, enquanto o caráter ético e a integridade servem como pilares fundamentais que sustentam a estrutura moral da comunidade. São esses elementos que moldam nosso comportamento ao senso de respeito mínimo ao coletivo, influenciando a qualidade dos relacionamentos pela sensível e não menos poderosa, lucida empatia.

Os princípios qualitativos, são os valores intrínsecos que regem a nossa vida e orientam nosso senso de certo e errado, eles são a base sobre a qual edificamos nossas ações e interações, com os outros, princípios como respeito, empatia, justiça, honestidade, sinceridade, lealdade, gratidão e compaixão, transcendem as fronteiras culturais e religiosas, conectando-nos em nossa humanidade mais que convicta no que se faça de melhor ao comum com o alheio, eles nos lembram de tratar os outros como gostaríamos de ser tratados, e, de valorizar a própria dignidade.

O caráter ético é a consequência da incorporação desses princípios em nosso ser, é um compromisso consciente de agir de acordo com nossas crenças e valores, mesmo quando ninguém está olhando. Ter um caráter ético é assumir a responsabilidade pelas consequências de nossas escolhas e não comprometer nossos princípios, em busca de proveitos fúteis e vis. É obter um compromisso com a verdade, a justiça e a bondade, mesmo, sobre desafios ou pressões externas, eis uma postura humana mais que prospera, é benemérita, que frutifica a integridade, com sua manifestação por ter a consistência entre nossos valores, palavras e atitudes.

A pessoa verdadeiramente íntegra é aquela que mantém sua serenidade de paz diante das desventuras, mesmo assim, continuará fiel à sua essência, eis, magnífico senso pessoal de resiliência, determinação e retidão.

A integridade é um farol que ilumina o caminho da sociedade, inspirando confiança, respeito, cooperação, acolhimento e amparo, pela essência da solidariedade, que verte dos corações íntegros, dignos e generosos.

Edson Rosa.







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Tema principal: RELACIONAMENTO.

Subtema: “O que ambienta o coração reflete em como se vê o mundo.”

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Live reflexiva e lançamento do livro. Lanceiros De Maria — Acolhimento Fraterno 2

Tema:

Não andem ansiosos por coisa alguma.

Com a leitura do livro, Lanceiros de Maria, somos convidados a refletir sobre a força transformadora que nasce da fé e da sensibilidade. A narrativa nos revela que alimentar a fé é mais do que um ato de crença, é um exercício de obstinação gentil, um movimento guiado pela certeza de que o afeto fortalece e a sensibilidade impulsiona; é no coração resiliente que floresce a força para atravessar os dias sombrios, e é na intimidade generosa consigo mesmo que encontramos o impulso para continuar, mesmo diante dos maiores desafios.

A fé, quando sustentada pela disciplina e pela determinação, deixa de ser apenas um consolo diante das adversidades, ela se torna uma chama viva, capaz de aquecer a alma e iluminar caminhos antes intransponíveis. Quando envolvemos nossa própria intimidade com afeto, permitimos que ele se transforme em gestos simples e profundamente significativos; esses gestos não apenas fortalecem quem os recebe, cultivando empatia, gentileza e respeito, mas também enriquecem quem os oferece, revelando o poder silencioso da sensibilidade. A sensibilidade, por sua vez, nos ensina haver força na sutileza, por trás dos gestos mais simples, habita a capacidade de superar, renascer e transcender.

É através dela que ressignificamos nossos passos e descobrimos que a verdadeira fé não é apenas acreditar, mas sentir, viver e amar com coragem. Essa fé se manifesta como uma arte: a arte de transformar a dor em aprendizado, o sofrimento em sabedoria e os desafios em degraus que nos levam para além das nossas limitações.

Assim, guiados por um propósito lúcido provindo do mais íntimo, compreendemos que a fé não é uma fuga ou uma promessa vazia, mas uma expressão do amor em ação, uma força que nos permite enxergar sentido, mesmo nas sombras das atribulações, e coragem, mesmo nas densas tempestades; é essa fé que nos torna genuinamente humanos e nos convida a viver de modo pleno, com o coração desperto e a alma em paz.

Edson Rosa.

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Por que, nos dias de hoje, falar de amor e amar parece ferir tantas pessoas? Talvez porque, no fundo, muitas delas travam batalhas silenciosas contra suas próprias dores, enquanto sustentam a aparência de uma felicidade fabricada; praticam gestos de bondade, mas carregam, no íntimo, a sombra da iniquidade de não se amarem verdadeiramente.

Pedem calma e paciência ao mundo, mas dentro de si desconhecem a serenidade do silêncio, a quietude da alma e o abraço genuíno do próprio afeto. E é por isso que, hoje, tornou-se quase um risco falar abertamente sobre o amor, com clareza, com ternura, com respeito.

Porque amar, em sua essência mais pura, desarma, desnuda e expõe aquilo que muitos passaram a temer: a vulnerabilidade de se sentir e sentir a vida profundamente.

Edson Rosa.

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  O que adianta? O que adianta crer num Deus que tudo resolve se a própria intimidade vive à margem da inconsciência? Falta ali a luz da luc...