Evolução.
Eis-me que subo ao céu.
No começo é tudo azul.
Ar puro, horizonte rosado.
O sol faz a mim ao lado, carantonha, sorriso faceiro.
Sinto-me amigo, sinto-me bem.
E assim, subo aos poucos.
Porém, ainda sinto o cheiro da relva, das matas, da selva o simples perfume, da majestosa e assim poderosa a rosa, que exala com frescor, o aroma do amor.
Há, em momentos de reflexão que volto a me pegar nas coisas da Terra,
e paro a pensar o quanto seria sublime descansar em suas pétalas e lá repousar,
todavia, não posso mais perder tempo, hoje, nutro o amor.
Sinto e vivo este sentimento belo, que, faz de mim um ser mais feliz.
Volto a olhar no infinito, que só no seu fim, o amor que sinto eu limito.
Com segurança vejo andorinhas a voar, pássaros pequenos ao meu lado a pairar,
é um contraste magnífico, são pontos de pérolas negras nas neves que chamamos de nuvens claras e brancas que pairam no ar.
O coração dói de novo.
É saudade, será?!
Olho para baixo e com um espelho gigante, um pouco embaçado pelas espumas, branco como plumas enxergo minha face no mar.
Mas, mesmo assim, a evolução é eterna e o ponto absoluto que ainda há de chegar, aos braços fraternos de Deus, que em essência é o próprio amor.
Lá é meu o lar.
Contudo, tenho que ir, uma força me puxa.
Confundo-me entre as estrelas, tento correr, e ser mais rápido, fico igual a um cometa.
Força, luz, vida isto é evoluir?!
Porém, ainda assim olho para baixo, minha visão é perfeita,
nem nas pérolas mais bonitas chegam perto do planeta Terra, em sua beleza.
Mas, que dor no peito!
Levo os braços, por que ainda eu guardo a forma humana, que se rarefaz aos poucos me misturando com tudo e desmanchando o nada, e ali fico eterno, com o amor em cristo fraterno., Entretanto, o que muito almejei, o que muito esperei, em ser perfeito, hoje estou aqui e aqui cheguei.
Porém, olho para baixo e algo me puxa...
São aqueles que posso fazer sorrir.
São os que sentem fome.
São os órfãos.
São os perdidos de si.
São os que desconhecem o amor.
São aqueles que só vivem na dor.
Forço e consigo enxergar os seus olhos e na assinatura de Deus, onipotente, onipresente, onisciente, está lá, a prova incontestável dos seres viventes e divinos,
repito, faço questão!
No brilho do seu olhar eu me enxergo, e lá, no reflexo vivente em olhos de seres humanos que chamamos de gente.
Vejo-me a chamar-me.
Venha! Venha! Venha.
Venha servir.
Faça-me de ti, tu mesmo.
Faça-me evoluir.
Faça-me perfeito.
Ramatis.
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