quinta-feira, 31 de março de 2022

 Como vai a sua cachola?


Solitária entre a mesmice do tolo e sua teimosia, motivada apenas pelo que convêm.

É evidente o sombrear da ressonância de quem não sabe, daquele que ao entusiasmo se ignora.

Revolta sabe.

A inveja vem as escondidas, sempre sorrateira sobre a sua sombra que se esquiva escorregando pelas beiradas da verdade, acovardada pelas suas mentiras.

Ela também faz parte disso.

Deus me livre e o diabo me acuda, a sombra é a incógnita que insiste em ficar para trás, do que só interessa a mim mesmo esquecer que algum dia já existiu.

É dual a minha comedida?

Quem sabe vai lá, se saber quem foi, se nem sei o que me faço no agora.

Viver as escuras se beirando do negrume da conveniência, e triste, mas não menos corajoso, se acha que se abandonar é fácil assim!?

Não meus caros, no primeiro clarão de legítima e íntima originalidade, some a penumbra ou se adere à cor da sua pele, a clareza de quem você está se fazendo em um fugidio de quem talvez foi um dia.

Triste falsidade em meados da leviandade do puro plagiador, dos que só copiam a peditória na oratória do comércio robotizado de quem compra, nem sempre leva a satisfação nos seus interiores.

São vazios, como saco cheio de mentira ilusória.

Restando a cachola, cheia de argumentos e artimanhas, mas carente do labor em benemerência sentida.
Esta, ai as claras o ser humano, que só nutre a indiferença no senso cansado do que desiste de si mesmo por se ter elevado pretensiosamente.

Se auto boicota?!

Não só isso, ele se anota na caderneta da poupança, aonde sai no seu epicentro pastosamente a sua arrogância.

Como senso imperativo do único a possuir e merecer do melhor.
Há de haver um jeito mais simples de comprimir todos juntinhos em uma só igualdade.

HAJA CACHOLA.

Para os sustentados pela ação estranha que se chama amor.
A eles fica a dica em se exteriorizarem incondicionalmente sem fazerem esforços, porém, em atitudes de amar minimamente a si próprio.

Haja dificuldade nisso.

Se amar é falar com a própria sombra em paz e de forma nua e crua, se utilizar apenas do casaco legítimo de pé humana que a vida lhe deu.

Sejas você!

Pensamento em Metáfora.
. " Louco."

Edson Rosa 

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