domingo, 20 de março de 2022

 DECRETO EM NOME DA MAGIA DO AMOR E DA BRUXARIA DO AMAR.


Perdoa a ti.

Que insiste em remover do nada agonizante, a trave dos seus caminhos.

Perdoa a postura costumeira que destrói a busca do merecimento íntimo de realizar com satisfação.

Lamentável incumbência dos que se encubam nas sobras rasas do medo entre as fendas profundas da culpa de não se amarem por si mesmos.

Rubro envergonhado em tom levemente pálido esbranquiçado, triste sorriso amarelo ocre pinchado nos lábios pesados, mas, entre-abertos!

Gravura que se estampa de face nua de semblante alegre por ousar feliz. Porém, vestida do aveludado rotulo do sempre assim, convincente, que não se sente; triste desventura do acanhado não viver autenticamente.

Perdoa a ti.

Pelas disputas bruscas e revoltantes, as que discordam do bem alheio ou aquelas que desfazem dos que pensam e sentem ante o seu meio de vida.

Cala a barbárie inquieta por dieta de caridade e bem comum.

Faça regime, seu faminto inveterado das guloseimas azedas e frias do desleixar da cumplicidade e complacência mutua.

Perdoa o soar de insatisfeito, que revolto ao convívio só separa ou se depara com brigas e separação.

Disperse isso de ti, jogue para fornalha da autoanalise e reflexão intima e deixe que a reforma se faça naturalmente, de ti por ti mesmo; não permitindo que outros sofram pela sua maledicência.

Titubeie devagar, mas em contínuo acentuado o permanecer clamoroso do zelo serenado do afago em admirar-se mais.

Corresponda a vida, que influencia de forma pura e ingênua, a tua existência, com a postura delicada e desnuda de pretensão.

Perdoa a ti.

Sem regras e as claras, brinde com o dia e se ilumine nas noites em azul anil escurecido.

Brilhe amigo ou amiga. 

Solte as pessoas da sua amargura, não sejas afoito nem vivencie a plenitude do sorrir de balde de costas curvadas e olhos serrados.

Pés firmes e cabeça erguida, siga e vá ali logo a frente ao alcance do desvelo dos seus problemas e no ponto de sua íntima satisfação e vitória.

Busque-se aonde Deus opera com destreza, mergulhe profundamente em si próprio e se embebede do vigor ao labor da tua existência sã e liberta dos males que tu nutres ou crias.

Perdoa a ti.

Edson Rosa



 

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