Semeia
Semeia o entoar dos cantos ao relento, anuncia as boas novas que se alastram e vão ao firmamento.
São as bem-aventuranças, a soar suavemente, em claridade da aurora boreal, nas noites estreladas no infinito.
É simples e singelo, o encanto!
Que por chuviscos de alegria, germinam em faces cruas da malícia, férteis de gargalhadas, umedecidas no elixir da mais pura esperança.
Vem ao entoar da fonte do criador, sobre seu ecoar divino e sagrado, na intimidade sã de todos nós.
Todavia é a sinfonia vindoura, na recíproca da fé, com o comprazer da boa-vontade tilintando nos olhares, que se entrecruzam e se acalentam no aconchegar da leveza de ser; ao deslumbre do leme macio, como o pairar das aves que cantam, agraciando o amanhecer a solta, no espreguiçar de repleta faceirice.
Cenário emoldurado, por horizonte róseo marfim, sem fim, tingido em lirial tenuidade, grafada pela beleza da alvorada, que se verte em vida, ao desvelo das cores, em tons multicolores nos confins da terra; o mistério se revela ao longe, por detrás do cobertor de nuvens, bem além do entapetado oásis de flora espreguiçado e estendido, ao gravitar asserenado da soberania da paisagem, calma, tranquila e quieta.
É solene, o magnífico!
Um novo dia vem à tona, em discreto assanho dos ingênuos da completude do existir, que flui lá fora! São todos sonhadores apaixonados pelo que há por dentro de cada um, tornando-os amontoados de sentires fluindo no bem, ao melhor no comum.
Semeia bem a sua terra, planta os seus pés e deixe brotar vida, em alegria constante.
Faça isso!
Não temas o despertar das suas atitudes; elas não serão ruidosas, nem rudes, com a ascensão melodiosa da colheita do dia a dia, no cuidado do convívio, que se cópia, entre os viventes do tempo, ao convite da naturalidade para sobreviverem aos lampejos do consenso comum do garimpo do bom-alvitre, na vitrine do vivenciar coletivo.
Você consegue, todos hão de conseguir!
Tente!
Se lance aos montes, ao desvelar da atitude abrasada, por coração abrandado, nos confins eternizados de bem, de quem se ama, sem impor condições alguma, a este sublime estado de graça.
Agora, vá!
E siga, reciclando aos poucos, o que lhe sobra de modo legítimo, na sã consciência desperta, no sossego de suspirar ungido de ternura, que lhe apresenta ao espírito a paz que por ti se acentua.
E se cair, levanta-se!
Sua força se reúne e se junta por dentro, com a magnitude ativa que reviva o amor, colocando-o firme e seguro sempre em pé, ao florescer além da sua sombra; logo à frente do fracasso e distante da derrota, que há muito tempo já ficou lá para trás, e se apagou, com às suas vitórias sobre si mesmo.
Viva o agora!
Não há mais tempo e nem é hora para se deixar de lado, encolhido nas moitas do medo e sobre a penumbra curta da culpa descabida e desleixada, por não fazer o que quis, e nem viver o que pode!
Rompe as cascas de vez e saia daí! Solta o que já sabe!
Eleve o bem que já nutre; deixe-o para depois! Ele, daqui a um pouquinho, não há de lhe convencer mais, nem fortificar em você a preguiça, nem a premissa do “agora, não posso!”.
Eis o bota-fora, que deve fazer no instantâneo sempre.
Repita para o seu interior: “Sai para lá sentires ruins e sentimentos do mal, eu me empodero do meu amor-próprio”; renuncie o vitimismo, que se fortalece no pensamento, que acusa de não ser feliz por si próprio, e nem mantém a alegria, pelo que se faz a si mesmo!
Requeira está afabilidade!
A compaixão é por você o início da realidade de amar.
O cansaço já está exausto de lhe ouvir nesta gagueira forçada! Dê um “cala-te boca!”, no achismo sobre isto, ele fala, demasiadamente, por você.
Chega! Semeia o seu suor rente a sua sombra, que lhe segue e vá em frente.
Vai! Anda logo.
Segue sem medo, nem culpa, com passos largos e fé sempre firme e fixa na alegria de viver e na satisfação de existir.
Eis o ressoar pelos ares, que no seu ousar abrirá às portas do ser livre.
Isso mesmo!
Solte o brado de Deus, dentro de você, em um suspirar que sai agora, e é a maior testemunha deste estado magnânimo de graça e divinização, de gente ao ser humano, mais humanizado que é e se faz.
Não vê? Até as estrelas mais miúdas hão de sorrir, no agora se iluminam, ainda mais, com a sua esperança, e com o seu ato sereno de auto adquirir-se.
Use e abuse da esperança no desvelo do sonhador que almeja e consegue, sempre o que quer.
Imagine e deixe fluir a ponto de se influenciar com esta febre, que não queima, mas aquece todo seu eu.
Sim! Reacenda-se ao mais elevado senso uno, em admirar e contemplar a vida, no que ela é, e, por si só, com ela possa se fazer.
Se contagie e se embriague do consolador prometido a seu coração, que abençoa tal atitude.
A recíproca é verdadeira, a esperança enamorada com a fé há de fertilizar a existência com o encanto de quem sonha, na denguice que repousa os frutos da essência de um filho do macrocosmo, que pertence às estrelas, em noites de luar, solto ao eterno sempre cheio de magia.
Semeie e verá! Que quem planta amar colherá do amor à justiça fluida, pelos tempos e eras, no sagrado senso da benignidade pura.
Nem a mais do que se faz, da verdadeira bondade do seu “Eu Divino”, no interior do íntimo da realidade; nem a menos, no bem que você possa conceber como benemérito, em somente ser no ser, mais seu, que já é!
Desperte e siga com cautela! Não indo além, do que você possa concernir, em lógica pura como maldade, diante da similaridade da verdade do real senso comum recíproco, no conviver com o alheio, pela lei de sintonia e semelhança, no que estão, perante o que se fazem até então! Isso é parte do ecoar da causa, ao desvelo do efeito, que brota da ação e reação.
Sinta-se e pense.
Ocasione o amar no aferir da oferta sincera, ao reavivar do seu tino, que não se romperá do lacre do bom senso, nos trâmites da moral e nos ditames do ético, que sela às suas copiosas maledicências, que poderiam, se fazer ser em alimento do medo e da culpa; causadores das maiores dores da humanidade.
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