As pessoas para terem um relacionamento verdadeiramente amoroso, deverão entender um dia, que sexo só assegura a paixão ante uma relação. Já o amor é algo independente de paixão sexual, o amor só se afere a quem se ama por companheirismo sem a necessidade de obter e possuir.

A paixão joga com a sedução, para se garantir por esforço de estar sem ser, mediante o personalismo dos apaixonados, que demostram algo por fora que muitas das vezes em nada se fazem por dentro, em semelhança ao comungar da sobrevivência para o desvelar da paz que poderia ser permutada pelos dois.

O amor ganha mais e mais força pelos que se amam, só por carinho mediante a gentileza recíproca que naturaliza a amizade verdadeira, perante a admiração comum, entre os dois que se cumpliciam por maiores momentos cheios de alegria e vida.

Nada temos contra a paixão, mas, entendemos que a mesma se enclausura no caixão mostruário: corpo fisiológico, que retém as sensações instintivas que só ativa o tesão do fascínio de possuir ou se desleixar sobre as leis duais do domínio, que descaracteriza os dois seres meramente apaixonados; a estarem fadados na intimidade de cada um, a não se agradarem do que são. Mutilando mutualmente a expressão mais linda em quem se diz amar: a naturalidade de admirar além das formas e o encarto de contemplar além da atuação.

Eis o porquê da tortura da pura paixão sexual, que só requer a beleza visual para existir e se manter.

Não obstante, somos partidários ao alívio do amor, que em nada impõe e por nada há de cobrar, mas, a tudo acalora sobre o aquecer da brandura do coração dentre os dois viventes que se enamoram, sobre a rege; da amizade cordial, do carinho afetuoso ao requinte da cumplicidade a dois de se confiar tamanha expressão de contemplo com encanto sobre convívio, e no admirar com respeito a vida do outro.

Eis o porquê, da liberdade do amor que só requer dos dois seres: amar na paz sendo o que se é.

Eterno aprendiz: Edson Rosa.